Fragmento “comprova” que a Bíblia é verdadeira
Um pequeno fragmento de argila descoberto em Jerusalém pode mudar a maneira como vemos a Bíblia. Não por desacreditá-la, mas justamente por comprovar uma importante parte dela.
Há
séculos que se debate como os registros bíblicos podem ser verdadeiros
se não há comprovação arqueológica nem provas que eles realmente
aconteceram. De tempos em tempos surgem peças que trazem detalhes sobre
algumas passagens.
Mas os reinados de Davi e Salomão, que são de
grande importância para o Antigo Testamento, não tem comprovação
arqueológica que realmente existiram. O motivo seria a inexistência de
monumentos que detalhem as realizações do rei, como era costume na
época. Tudo que se sabe deles vem da Bíblia. Pelo menos até agora.
Trabalhando
perto do Monte do Templo em Jerusalém, a arqueóloga Dra. Eilat Mazar,
da Universidade Hebraica de Jerusalém, descobriu um fragmento de um
jarro de cerâmica. Algo normal em Israel, mas o diferencial que este tem
a inscrição em hebraico antiga já descoberta na cidade.
Essa pode
ser a prova definitiva que os relatos sobre Davi e Salomão são um fato
histórico. Em pouco mais de um mês já são duas descobertas muito
importantes. Primeiro foram as ruínas do que seria do primeiro palácio do rei Davi.
Mazar
afirma que a inscrição deste fragmento de cerâmica achado na semana
passada está escrito em uma forma “proto-cananeia”, e seria obra de
alguém que não era judeu mas vivia em Jerusalém. Possivelmente um
jebuseu, povo que era parte da população de Israel no tempo dos reis
Davi e Salomão. Essa seria a primeira “prova” que havia um
reconhecimento do reinado de Davi fora da tradição dos israelitas.
“Eu
trabalho com a Bíblia em uma mão e as ferramentas de escavação na
outra”, disse Mazar. ”A Bíblia é a fonte histórica mais importante”,
comemora.
Douglas Petrovitch, da Universidade de Toronto, é um especialista bíblico. Ele afirma que a inscrição de fato, está em hebraico.
“As
letras da inscrição coincidem com os de inscrições contemporâneas,
muitas das quais formam palavras que são claramente parte da língua
hebraica. O hebraico era predominante em Jerusalém, no século 10 a.C. o
que coincide com a cronologia bíblica do tempo de reinado de Davi e
Salomão”, explica.
O fator definitivo aqui é a comprovação de que
Davi e Salomão existiram mesmo e não são uma “coleção de narrativas
sobre reis israelitas cujas vidas foram amalgamadas posteriormente pela
tradição”. Esse é o argumento mais usado pelos estudiosos céticos.
FONTE:http://noticias.gospelprime.com.br
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